terça-feira, 6 de novembro de 2012

Bar do Elias: Malabarismos, pururucas e pescoço de peru - Por @tavares_512


BUTECANDO – Por Leonardo Tavares



“Carne de pescoço”. A expressão é utilizada para pessoas ou situações difíceis, mas o Butecando de hoje dá um novo sentido a frase. Por que? Já te digo. Vamos ao endereço: sabe o Gimba Jardim? É claro que você sabe, e mesmo que jure de pé junto que não sabe em qual direção fica, eu não vou acreditar (risos). Então, siga reto ali na Av. Iolando Fonseca, 100, no Jurema. Não tem placa, apenas siga o movimento. Lá encontraremos a iguaria referida, a galera que trabalha nas concessionárias, as pingas variadas e, é claro, a cerveja estúpida e gelada que só um bom buteco tem. Lá, meu amigo, o pescoço é o filé.
        
            Hoje, senhoras e senhores, na Coluna Butecando (Blogs Diário do Oprimido e do Anderson), o Bar do Elias. Ele, o Elias, é o cozinheiro, garçom, dono e malabarista – você entenderá ao vê-lo servindo as mesas – sempre solícito e de pouca conversa, já que o movimento do Bar não permite. Os dias são temáticos e a gente já aprende na primeira semana: terça carneiro, quarta rabada, sexta buchada... Mas a quinta-feira, meus amigos, é o dia do Pescoço de Peru. E, se aceita um conselho, chegue cedo. Isso porque o lugar enche e o risco de não comer o prato em questão é grande, o que é um pecado.

            Juro que o lugar foge completamente do estereótipo de buteco. Claro que os principais itens “butecais” se encontram por lá: Freezers espalhados no ambiente? CONFERE; o velho balcão para papear, em pé ou sentado? CONFERE; coisas curiosas como Jesus “protegendo” o alvará e uma placa de proibido fumar “roubada” do Festival de Inverno? CONFERE. Mas aí vêm todas as outras coisas que é diferente: Telas (isso mesmo, no plural) de plasma com Home Theater, repertório musical de muito bom gosto e banheiros separados. Sério. Até Ney Matogrosso eu ouvi por lá. Mas o melhor é um quadro 3D (???!!!) que na ida é uma águia, na volta um gavião e na mesa um peru. É muita ave pra um lugar só.

            Elias conta com a ajuda de garçons como Dadai (que tem cara de Jesus), Foguinho (que não foi no dia) e  Everton (no balcão). Por falar em balcão, lá se encontra os quitutes na estufa, só te esperando. Peça, pra arrematar, as pingas de coquinho ou jaca. Mas a boa mesmo é uma mistura local: umburana com cana. Parece qualquer coisa, menos pinga e pode tomar sem medo, pois tem gente que já tomou 16 em única noite e tá vivo, e não tá cego, pra contar a história.

            Acompanhe a cerveja (véu de noiva) com a pele de porco pururucada, vá batendo resenha, esperando o carro chefe da noite e desfrutando do ambiente calmo e aconchegante.

            Pescoço de peru, arroz, feijão de corda e salada. Nem tenho palavras, mas se você gosta de arroz, o daqui se come até puro. Tempero na medida e a carne nem parece que é de pescoço. Não se faça de rogado, pode “comer de mão” e chupar osso, tá em casa.
  
              Come-se bem e bebe-se bem também. Pagar? Como se paga em boteco. Daqueles que você olha a conta e diz: “Só?!”

              Ambiente limpo e totalmente família. Casais, amigos e crianças freqüentam o local que parece festa na garagem de casa... Ops... É a garagem da casa, modificada de tal forma que até parece buteco – que coisa, não?! Pois é, sabe aquela estória que peru morre na véspera do natal? É mentira! Ele morre toda quinta, lá no Bar do Elias.
  
Tavares 512
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Aguardem: Butecandoporai.com.br – O site do butequeiro já está em construção.
 

Um comentário:

Blog disse...

Léo, vá continuando a lista que até o final do mês chego por ai para conhecer estas maravilhas

Abraços

Márcio