Por Paulo Pires
Olavo de Carvalho: O “nosso lado” e o “outro lado”
O filósofo Olavo de Carvalho, em seu livro Imbecil Coletivo, entre tantos temas que aborda, trata da questão do embate político ideológico colocando sobre a mesa a questão de “o nosso lado” e o lado antagônico, ou seja, o “outro lado”. O irônico e irritado filósofo assevera e nisso ele está tecnicamente correto que os políticos agem sob o instinto de que quem faz parte do “nosso lado” é bom; E quem faz parte do “outro lado” não presta. Não importa quem esteja falando, mas de quem se esteja falando. O “outro lado” quando fala de si, o faz como “o nosso lado” e esse é o lado bom. O mesmo se dá com o “outro lado” que também se julga o lado bom. Durma-se com um barulho desses. O filósofo Sartre dizia que “o inferno são os outros”. O jogo de palavras de Olavo é interessante. Ele é inteligente e parece gostar de dois dos seus principais defeitos. O primeiro deles: Ele é doido. O segundo: Não tem papas na língua. Quem conhece o filósofo considera que a sua loucura pode ser explicada pelo fato de ele mesmo se considerar o Pai do Pensamento Perfeito. Infelizmente muitas pessoas demonstram desapreço às suas idéias e isso o deixa mais furioso ainda. Quanto a loucura dele e dos filósofos em geral, recomenda-se buscar o que disse o poeta Fernando Pessoa sobre esses seres maravilhosos.
Voltando ao filósofo brasileiro, pode-se informar que apesar de tudo, Olavo apresenta idéias originais para o debate inteligente no cenário cultural brasileiro. Boa prova disso é o seu fã clube, que é pequeno, mas constituído de ardorosos defensores. Alguns desses seguidores o tem como uma usina de idéias autênticas. Ninguém discute isso, mesmo que se discorde de muitas delas e principalmente como ele as defende.
Como todo filósofo que se preza, Olavo mantém um diálogo quase diário com os seus seguidores. Infelizmente, conforme informado acima, esses não são em grande número, mas lhe são muito fiéis. Um amigo também irônico assinala que esses são tão poucos que cabem numa Topic (aquele carrinho que o pessoal usa prá vender cachorro quente em frente a Colégios).
Olavo é uma figura que devemos manter a vista. Não como atitude policialesca, mas principalmente pela natureza de sua originalidade. Ele sempre apronta. Vivendo hoje nos Estados Unidos, os americanos parecem pouco receptivos ao seu currículo. Por causa desse desprezo acadêmico, o filósofo criou um Portal e é por este canal que ele dá aulas de filosofia, para trabalhar suas idéias. Nessas aparições ele coloca incisivamente seus ataques de modo brusco e esses golpes vão desde o mundo acadêmico brasileiro até chegar à nossa Política. Em um desses coléricos comentários o alvo foi o senhor Edir Macedo. Meu Deus! O homem não usou nenhum critério de moderação verbal para falar do Bispo da Igreja Universal. Vejam na internet.
Vendo-o em ação constata-se o seguinte: Olavo vive indignado com os seus pares. A Imprensa e a Academia brasileira lhe provocam ressentimentos diários. Depois de ter passado por quase toda mídia impressa brasileira, o filósofo foi por ela dispensado e o mesmo ocorreu com as Universidades por onde passou. Ele atribui isso a formação de patotas para “tirá-lo” do cenário cultural do País, tudo orquestrado pelas patrulhas que estão do “outro lado”. Esse negócio do “nosso lado” e “do outro lado” sempre perseguiu o filósofo. O pior de tudo é que para ele, parece haver dupla rejeição: Uma do “nosso lado” e a outra do “outro lado”. Para Olavo, assim como para muita gente, quando uma coisa dessa natureza se materializa o maior dilema reside na seguinte questão: “De que lado ficar?”. Ou não há mais lado?
Olavo de Carvalho: O “nosso lado” e o “outro lado”
O filósofo Olavo de Carvalho, em seu livro Imbecil Coletivo, entre tantos temas que aborda, trata da questão do embate político ideológico colocando sobre a mesa a questão de “o nosso lado” e o lado antagônico, ou seja, o “outro lado”. O irônico e irritado filósofo assevera e nisso ele está tecnicamente correto que os políticos agem sob o instinto de que quem faz parte do “nosso lado” é bom; E quem faz parte do “outro lado” não presta. Não importa quem esteja falando, mas de quem se esteja falando. O “outro lado” quando fala de si, o faz como “o nosso lado” e esse é o lado bom. O mesmo se dá com o “outro lado” que também se julga o lado bom. Durma-se com um barulho desses. O filósofo Sartre dizia que “o inferno são os outros”. O jogo de palavras de Olavo é interessante. Ele é inteligente e parece gostar de dois dos seus principais defeitos. O primeiro deles: Ele é doido. O segundo: Não tem papas na língua. Quem conhece o filósofo considera que a sua loucura pode ser explicada pelo fato de ele mesmo se considerar o Pai do Pensamento Perfeito. Infelizmente muitas pessoas demonstram desapreço às suas idéias e isso o deixa mais furioso ainda. Quanto a loucura dele e dos filósofos em geral, recomenda-se buscar o que disse o poeta Fernando Pessoa sobre esses seres maravilhosos.
Voltando ao filósofo brasileiro, pode-se informar que apesar de tudo, Olavo apresenta idéias originais para o debate inteligente no cenário cultural brasileiro. Boa prova disso é o seu fã clube, que é pequeno, mas constituído de ardorosos defensores. Alguns desses seguidores o tem como uma usina de idéias autênticas. Ninguém discute isso, mesmo que se discorde de muitas delas e principalmente como ele as defende.
Como todo filósofo que se preza, Olavo mantém um diálogo quase diário com os seus seguidores. Infelizmente, conforme informado acima, esses não são em grande número, mas lhe são muito fiéis. Um amigo também irônico assinala que esses são tão poucos que cabem numa Topic (aquele carrinho que o pessoal usa prá vender cachorro quente em frente a Colégios).
Olavo é uma figura que devemos manter a vista. Não como atitude policialesca, mas principalmente pela natureza de sua originalidade. Ele sempre apronta. Vivendo hoje nos Estados Unidos, os americanos parecem pouco receptivos ao seu currículo. Por causa desse desprezo acadêmico, o filósofo criou um Portal e é por este canal que ele dá aulas de filosofia, para trabalhar suas idéias. Nessas aparições ele coloca incisivamente seus ataques de modo brusco e esses golpes vão desde o mundo acadêmico brasileiro até chegar à nossa Política. Em um desses coléricos comentários o alvo foi o senhor Edir Macedo. Meu Deus! O homem não usou nenhum critério de moderação verbal para falar do Bispo da Igreja Universal. Vejam na internet.
Vendo-o em ação constata-se o seguinte: Olavo vive indignado com os seus pares. A Imprensa e a Academia brasileira lhe provocam ressentimentos diários. Depois de ter passado por quase toda mídia impressa brasileira, o filósofo foi por ela dispensado e o mesmo ocorreu com as Universidades por onde passou. Ele atribui isso a formação de patotas para “tirá-lo” do cenário cultural do País, tudo orquestrado pelas patrulhas que estão do “outro lado”. Esse negócio do “nosso lado” e “do outro lado” sempre perseguiu o filósofo. O pior de tudo é que para ele, parece haver dupla rejeição: Uma do “nosso lado” e a outra do “outro lado”. Para Olavo, assim como para muita gente, quando uma coisa dessa natureza se materializa o maior dilema reside na seguinte questão: “De que lado ficar?”. Ou não há mais lado?
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