BUTECANDO – Por Leonardo Tavares
“Carne
de pescoço”. A expressão é utilizada para pessoas ou situações difíceis, mas o
Butecando de hoje dá um novo sentido a frase. Por que? Já te digo. Vamos ao
endereço: sabe o Gimba Jardim? É claro que você sabe, e mesmo que jure de pé
junto que não sabe em qual direção fica, eu não vou acreditar (risos). Então,
siga reto ali na Av. Iolando Fonseca, 100, no Jurema. Não tem placa, apenas
siga o movimento. Lá encontraremos a iguaria referida, a galera que trabalha
nas concessionárias, as pingas variadas e, é claro, a cerveja estúpida e gelada
que só um bom buteco tem. Lá, meu amigo, o pescoço é o filé.
Hoje, senhoras e senhores, na Coluna
Butecando (Blogs Diário do Oprimido e do
Anderson), o Bar do Elias. Ele, o Elias, é o cozinheiro, garçom, dono e
malabarista – você entenderá ao vê-lo servindo as mesas – sempre solícito e de
pouca conversa, já que o movimento do Bar não permite. Os dias são temáticos e
a gente já aprende na primeira semana: terça carneiro, quarta rabada, sexta buchada... Mas a quinta-feira,
meus amigos, é o dia do Pescoço de Peru. E, se aceita um conselho, chegue cedo.
Isso porque o lugar enche e o risco de não comer o prato em questão é grande, o
que é um pecado.
Juro que o lugar foge completamente
do estereótipo de buteco. Claro que os principais itens “butecais” se encontram
por lá: Freezers espalhados no ambiente? CONFERE; o velho balcão para papear, em
pé ou sentado? CONFERE; coisas curiosas como Jesus “protegendo” o alvará e uma
placa de proibido fumar “roubada” do Festival de Inverno? CONFERE. Mas aí vêm
todas as outras coisas que é diferente: Telas (isso mesmo, no plural) de plasma
com Home Theater, repertório musical de muito bom gosto e banheiros separados.
Sério. Até Ney Matogrosso eu ouvi por lá. Mas o melhor é um quadro 3D (???!!!)
que na ida é uma águia, na volta um gavião e na mesa um peru. É muita ave pra
um lugar só.
Elias conta com a ajuda de garçons
como Dadai (que tem cara de Jesus), Foguinho (que não foi no dia) e Everton (no balcão). Por falar em balcão, lá
se encontra os quitutes na estufa, só te esperando. Peça, pra arrematar, as
pingas de coquinho ou jaca. Mas a boa mesmo é uma mistura local: umburana com cana.
Parece qualquer coisa, menos pinga e pode tomar sem medo, pois tem gente que já
tomou 16 em única noite e tá vivo, e não tá cego, pra contar a história.
Acompanhe a cerveja (véu de noiva)
com a pele de porco pururucada, vá batendo resenha, esperando o carro chefe da
noite e desfrutando do ambiente calmo e aconchegante.
Pescoço de peru, arroz, feijão de
corda e salada. Nem tenho palavras, mas se você gosta de arroz, o daqui se come
até puro. Tempero na medida e a carne nem parece que é de pescoço. Não se faça
de rogado, pode “comer de mão” e chupar osso, tá em casa.
Come-se bem e bebe-se bem também.
Pagar? Como se paga em boteco. Daqueles que você olha a conta e diz: “Só?!”
Ambiente limpo e totalmente
família. Casais, amigos e crianças freqüentam o local que parece festa na
garagem de casa... Ops... É a garagem da casa, modificada de tal forma que até
parece buteco – que coisa, não?! Pois é, sabe aquela estória que peru morre na
véspera do natal? É mentira! Ele morre toda quinta, lá no Bar do Elias.
Tavares 512
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Aguardem: Butecandoporai.com.br – O site do butequeiro já
está em construção.
Um comentário:
Léo, vá continuando a lista que até o final do mês chego por ai para conhecer estas maravilhas
Abraços
Márcio
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