Pesquisa da Robert Half, empresa de recrutamento especializado, com 764 profissionais entre analistas, especialistas, gerentes, diretores e presidentes, mostra que 45,6% dos entrevistados nunca pediram um aumento salarial. De acordo com os resultados, 38,6% dos profissionais, no entanto, pretendem pedir aumento ainda em 2012.
A pesquisa revela que na metade dos casos, o aumento salarial é concedido espontaneamente por mérito e resultados alcançados. Apenas 10,2% dos aumentos são fruto de um pedido direto dos profissionais aos chefes. Outros 30% dos reajustes na remuneração são resultados de promoções e 6,2% acontecem via contraproposta.
Aproximadamente 70% dos profissionais obtiveram êxito no pedido de aumento. Segundo a pesquisa, 32,2% receberam o incremento solicitado; 26,3% receberam menos do que foi pedido; 10,2% receberam mais do que almejavam. Para 38,3% dos entrevistados, o aumento foi resultado do trabalho desenvolvido; 16,6% acreditam que a valorização foi graças ao aumento de volume de trabalho e responsabilidades; 14,2% apontam a conquista das metas estipuladas como a principal razão para o aumento.
Nas busca por melhores salários, 47,1% dos profissionais apontam que a melhor estratégia é falar com o chefe logo depois de um projeto bem executado, porém, outros 21,8% dizem não ter estratégia.
“Ainda existe o tabu de que de negociar salário pode passar uma imagem negativa”, diz Mário Custódio, gerente de recrutamento da Robert Half. “Desde que o profissional tenha argumentos, resultados consistentes e comprove a sua evolução de forma concreta não há problema em abordar o tema com seu gestor direto”, completa.
Veja 7 dicas de especialistas da Robert Half para negociação salarial:
- Seja realista: entenda se a empresa está em posição de barganhar e saiba disso antes de tentar qualquer negociação salarial. Caso você esteja pleiteando uma oportunidade em uma ‘start-up’ nova, ou em uma empresa que tenha anunciado recentemente demissões ou fraco resultado financeiro, a chance de obter êxito pode ser limitada.
- Seja assertivo: não entre em negociações sem fazer a sua lição de casa. Pesquise sobre as últimas tendências de salário em sua cidade, segmento de atuação e cargos, revendo estudos e publicações sobre remuneração, além de conversar com colegas e headhunters.
- Espere sua chance: tenha paciência e aguarde o executivo colocar o tema “salário” na pauta da entrevista e certifique-se de compreender plenamente os requisitos da vaga antes de responder perguntas sobre o salário desejado. Consulte potenciais empregadores sobre qual seria uma boa margem de negociação para a posição almejada, evitando propostas nem muito acima e nem muito abaixo da realidade.
- Busque sua meta: se a proposta salarial oferecida pelo executivo não atender à sua expectaiva, não há problema em propor uma compensação extra. É comum que empregadores iniciem a conversa pelo valor mais baixo, dando margem a negociações.
- Não blefe: nunca é uma boa estratégia enganar ou omitir informações sobre sua remuneração atual ou sobre ofertas de emprego com remunerações superiores na tentativa de obter mais vantagem financeira. Em vez disso, tente reforçar o seu valor para a empresa e seja honesto sobre o salário desejado.
- Não pense apenas na questão financeira: certifique-se de analisar todos os aspectos de uma oferta de emprego. Um pacote de benefícios generoso ou oportunidades de aprendizado e crescimento podem compensar um salário menor inicialmente, por exemplo.
- Termine em bom tom: caso as negociações não saiam da forma esperada, e você decida declinar a oferta, faça isso de forma elegante e em tom de agradecimento. Nunca se sabe quando se pode encontrar o executivo novamente.
Fonte: G1
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