BUTECANDO - Por Leonardo Tavares
Hoje vou falar de um dos melhores cardápios da cidade. Sem exageros. Já ensinei tanto sua localidade que está na ponta da língua. Vamos lá: é ali, descendo duas ruas depois do seminário, passando pela Praça do Boneco - Bairro Brasil. Lá você encontra um dos botecos mais bem frenquentado da cidade, onde Médicos, Advogados, Engenheiros, Professores e, é claro, NÓS, apreciadores de botecos, se encontram e reúnem seus amigos para desfrutarem de preciosas iguarias.
Estreia hoje, no Diário do Oprimido, o Bar Nova Amizade, mais conhecido como o Bar de Duchinha ou Ducha, se você tiver intimidade o bastante com essa mulher de fibra e pulso firme, flamenguista doente e capaz de demonstrar uma doçura sem tamanho quando um laço afetivo é criado.
O ambiente é simples e limpo. Lá tem que ter paciência para beber. Isso porque a cerveja ao ser servida não pode ser tocada por tempo mínimo se não empedra. Mas sempre – SEMPRE – tem alguém que desobedecerá a regra e isso vai ser motivos de muitas risadas – perda de cerveja inocente – e resenhas futuras. A “fórmula” de como é gelada a cerveja já foi motivo de conversas ao pé do balcão e de propostas monetárias vindas da capital, mas o segredo ficou por aqui, povoando o imaginárium de seus clientes. A boa e velha pinga de Anísio não pode faltar, conhecida de forma pueril como Absinto do Sertão, é uma das boas pedidas pra se começar a degustação.
Degustar... seja a Dobradinha ou o Sarapatel você não pode sair de lá sem experimentar – se tiver, pois a procura é grande ¬– a Língua recheada e o pescoço de Peru, que em minha opinião são os melhores da cidade. Até a pessoa mais cheia de dedos, ao experimentar, se rende ao tempero, sabor e ao cuidado com os quais foram feitos. Você escolhe os acompanhamentos: desde uma saladinha de tomate com cebola até o famigerado macarrão de panela, que é um assassinato a qualquer regime.
A co-proprietária é Carminha – super simpática e sempre disposta a encher sua mesa de cerveja. Preço de boteco em uma cozinha tão requintada nos pratos “lights” de nosso sertão. Lá não faltará um bom papo ao pé do balcão em dia de jogo, cerveja gelada e pimenta. Como poderia me esquecer da pimenta? Lá se encontram uns cinco tipos ou mais de pimentas para agradar o paladar dos degustadores de plantão e desafiar os mais incautos.
Um Boteco que serve de caldo à viuvinha, de cerveja à pinga, seja pra papear com amigos, família ou namorada – e porque não tudo junto? – o Bar Nova Amizade é uma excelente pedida para Happy Hours a qualquer hora do dia.
@tavares_512 - Colunista do Diário do Oprimido
Um comentário:
Graaaande Leo!
Olha que eu entendo de boteco, e realmente tiro o chapéu pra Duchinha. Cerveja no ponto, tira-gosto de primeira e ótimas amizades.
Quem não conhece, vale a pena aparecer!
Abraço,
Pierre
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